Dezessete casais disseram sim na manhã desta quarta-feira, 26, em uma cerimônia realizada no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá - IAPEN. A iniciativa que beneficiou detentos do sistema penitenciário amapaense é resultado da parceria entre o IAPEN, Igreja Universal e Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap)
A cerimônia de casamento aconteceu na Igreja Universal que fica dentro do Cadeião e reuniu noivos e dois familiares de cada casal. Quinze noivos são interno do regime fechado, um está no regime semiaberto e também teve uma interna da COPEF beneficiada com o matrimônio.
Para o coordenador de Tratamento Penal do IAPEN, José Antonio Nunes, “esse é um momento de extrema importância no processo de ressocialização que é quando o reeducando assume o compromisso com a família firmando os votos matrimoniais”, observou.
Para o pastor que coordena o projeto Universal nos Presídios, Jesiel Prado, essa é uma grande demonstração de amor. "Mesmo no presídio, mesmo sem a liberdade, essas pessoas querem fortalecer os laços de uma relação que na maioria das vezes já dura anos. E esse sentimento de compromisso é muito importante para começar a mudança de vida", afirmou.
Para a pessoa presa esse é um momento de reconhecimento da importância da família no processo de ressocialização. Foi assim que sentiu um dos participantes condenado por homicídio e que já cumpriu quatro dos quase 10 anos da sentença. “Minha esposa chegou para mudar minha vida”, comemorou.
A interna que se casou com o marido que não é apenado, tem um relacionamento de três anos e achou que seria o fim quando foi sentenciada ao regime fechado há três meses. Mas, o agora esposo, prometeu esperá-la e jamais abandoná-la . "Estou me sinto amada com essa demonstração de carinho", disse emocionada.
O diretor-presidente do IAPEN, Lucivaldo Costa, destaca que esse é um passo importante na vida desses reeducandos é reeducandos. “A família é a base de tudo, e nessa relação família/apenado, nada melhor do que os votos de comunhão conjugal para fortalecer a relação familiar. O apenado passa a ter a certeza de que não foi abandonado pelo cônjuge. O IAPEN por sua vez, busca fortalecer estas relações, pois a assistência da família traz mais conforto para quem está recluso”, observou.