Internos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá – IAPEN tiveram a oportunidade de se casar em uma solenidade realizada dentro do presídio. O casamento comunitário ocorreu na tarde da sexta-feira, 17, e uniu 16 casais em uma cerimônia civil e religiosa que reuniu familiares e autoridades.
O reeducando Tonielson Lopez comemorou o casamento com Tereza Cristina leite: “Eu estou muito feliz por essa oportunidade. Deus me colocou aqui para mudar minha vida junto com a minha esposa”. O interno Alisson Rodrigues pôde realizar o sonho de casar com Jaqueline Santos. “Eu estou muito feliz por poder me casar, ela nunca me abandonou”, revelou.
O casamento no IAPEN é um projeto do Tribunal de Justiça do Amapá que tem o total apoio da Instituição e participação direta de membros das igrejas que desenvolvem ações sociais com presidiários. O pastor Jesiel Prado, que faz parte do grupo UNP (Universal nos Presídios) afirma que: “O trabalho com eles é o interior, porque essa mudança precisa ocorrer primeiramente nos corações desses presos e nós os acompanhamos nessa jornada, para garantir o apoio espiritual e proporcionar - para aqueles que querem mudar - momentos importantes como a consolidação de uma família com Deus”.
O casamento comunitário já uniu mais de 15 mil casais em todo o Amapá em 21 anos de existência. No IAPEN é comum haver pelo menos um casamento por ano. A desembargadora do TJAP, Sueli Pini, explica que: “Quando um interno se casa ele está dizendo para a sociedade que está disposto a assumir compromissos e o casamento é uma coisa incrivelmente sagrada, um sinal de amadurecimento. E mais do que um gesto de amor, e um gesto de respeito e de responsabilidade. Nós do Tribunal de Justiça acreditados nessa coisa mágica que é a família e no poder transformador que ela tem”.
O diretor Lucivaldo Monteiro destaca a importância que a instituição dá a esse momento. “Um casamento muda a rotina do presídio. É preciso organizar a segurança das autoridades, convidados e familiares, deslocando servidores e reforçando algumas áreas. A entrada é muito criteriosa e temos que aumentar o contingente nessa parte também... As outras atividades praticamente ficam paradas para a realização dessa cerimônia e mesmo com tanto trabalho, garantimos total apoio porque acreditamos que a família tem um grande poder na ressocialização”, comemorou.
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