O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá - IAPEN realizou esta semana as provas do Encceja PPL (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade), que acontece todos os anos e oferece a oportunidade ao candidato de concluir o ensino médio e fundamental fazendo uso da nota do exame.
As provas ocorreram nos dias 8 e 9 deste mês no Cadeião e Penitenciária Feminina. o IAPEN montou uma grande logística de segurança para movimentação dos custodiados que prestaram a prova. Ao todo 544 internos foram inscritos para as provas do Fundamental e Médio.
Para o primeiro dia foram inscritos 292 internos para as provas do ensino Fundamental, 40 a mais do que em 2018. Entretanto, a comissão organizadora registrou ausência de 103 que desistiram de fazer a prova na última hora. O coordenador do tratamento penal José Antônio Nunes explica que o exame é totalmente voluntário e que mesmo sendo estimulados a fazer a prova que oferece benefícios a quem for bem, muitos se inscrevem, mas acabam desistindo na hora. No regime fechado foram 161 inscritos e 118 fizeram a prova, entre os presos provisórios dos 65 inscritos, 46 fizeram a prova, no semiaberto foram 46 inscrições e 14 presenças. E no feminino foram 20 inscritos e 13 compareceram.
No segundo dia eram 252 inscritos para as provas do Nível Médio, 69 a mais do que no ano anterior. Contudo 69 desistiram de prestar o exame. No regime Fechados dos 129 inscritos, 104 compareceram. No semiaberto foram 49 inscrições e 19 faltaram, provisórios foram 52 e 13 faltosos e no Feminino dos 22 inscritos, 10 realizaram a prova.
“Mesmo com número de ausências expressivo, o Encceja atingiu seus objetivos graças ao aumento das inscrições. Aqui fazemos uma longo trabalho de conscientização sobre o futuro através dos estudos, e oportunidades como o Encceja e também o Enem não podem ser deixadas de lado. A respeito das desistências, boa parte aconteceu no período da tarde porque muitos internos acabaram achando cansativo a prova em dois horários seguidos”, esclareceu José Antônio.
O diretor-presidente do IAPEN, Lucivaldo Costa, destaca que “o trabalho e a educação são os caminhos para a reinserção social do apenado. E o Encceja PPL oportuniza à pessoa privada de liberdade que não concluiu a Educação Básica, a possibilidade de avançar nos estudos e retomar a vida escolar, que dentro do sistema penitenciário gera um outro benefício de redução da pena. Além de prepará-los para o retorno ao convívio social quando saírem de liberdade”, afirmou.